Reina hoje - Kleber Lucas (Análise da música)
A música "Reina Hoje", de composição do Kleber Lucas, é uma declaração de submissão e reconhecimento do senhorio de Jesus, ecoando temas bíblicos que enfatizam a supremacia e autoridade de Deus sobre todas as nações e poderes desta Terra. Mesmo tendo uma letra sucinta, traz verdades que importantes de serem cantadas e afirmadas pelo povo de Deus.
Os Reis da terra se prostrarão, ante a ti, Senhor
Sim, os poderosos virão a ti
E confessarão o teu poder, Senhor
A letra começa com uma poderosa afirmação de que os reis e poderosos da terra reconhecerão o poder de Deus. Este tema é fortemente apoiado pelas Escrituras, que afirmam que todos os governantes, independentemente de seu poder terreno, se curvarão diante de Deus. Isso é ecoado por toda a Escritura, como por exemplo em: Salmos 72:11; Filipenses 2:10-11, Isaías 45:23, Salmos 22:27-28, Apocalipse 15:4, Romanos 14:11, Salmos 86:9, e diversas outras passagens.
Não apenas de palavras, reina hoje
Não apenas de palavras, reina hoje
Lembramos aqui do ensino de Jesus onde é dito sobre o Reino de Deus como uma realidade presente, não apenas futura. Vemos isso em Lucas 17:20,21, por exemplo:
Indagado pelos fariseus sobre quando viria o Reino de Deus, Jesus lhes respondeu: — O Reino de Deus não vem com visível aparência. Nem dirão: "Ele está aqui!" Ou: "Lá está ele!" Porque o Reino de Deus está entre vocês.
A música também expressa um desejo profundo de que o reino de Cristo seja muito mais do que palavras, mas uma realidade vivida no meio de Seu povo. Isto nos faz refletir sobre o ensino bíblico de que a fé deve ser demonstrada em ações e não apenas em palavras (1 João 3:18), demonstrando assim que fazemos parte do povo do reino de Deus.
Portanto, a afirmação "Reina hoje" pode ser entendida como um clamor para que o Reino de Deus se manifeste no agora, em nossas vidas e em nossa sociedade, não apenas como uma esperança futura, mas como uma realidade que transforma a realidade que temos vivido no presente.
Reina hoje, reina hoje entre nós, Senhor
Finalmente, a repetição do pedido para que Deus "reine hoje" entre o Seu povo é uma clara referência à oração do Pai Nosso, onde se pede que o Reino de Deus se manifeste na terra (Mateus 6:10).
Matthew Henry, um importante comentarista bíblico e pastor presbiteriano inglês, ao meditar sobre este trecho da oração do Pai Nosso, escreveu:
Que o reino de tua graça venha mais e mais em nossa terra e nos lugares onde vivemos. Que aqui a palavra de Deus se propague e seja glorificada (2Ts 3.1), e que o reino de Deus não nos seja tirado e entregue a um povo que lhe produza os respectivos frutos, que é o que merecemos (Mt 21.43).
Que o reino de tua graça venha em nossos corações, que eles possam ser templos do Espírito Santo (1Co 3.16; 6.19). Que não nos domine iniquidade alguma (Sl 119.133). Arruína, arruína, arruína o poder da corrupção em nossos corações, e que venha aquele a quem os nossos corações pertencem de direito, e dá-lhe nossos corações (Ez 21.27); faze-nos apresentar-nos voluntariamente, mais e mais voluntariamente, no dia do teu poder (Sl 110.3). Governa em nós pelo poder da verdade; que, sendo da verdade, possamos sempre ouvir a voz de Cristo (Jo 18.37), e não apenas chamá-lo Senhor, Senhor, mas fazer o que ele nos manda (Lc 6.46). Que o amor de Cristo mande em nós e nos constranja (2Co 5.14), e que o seu temor esteja diante de nós, a fim de que não pequemos (Êx 20.20).
Ó, que o reino da tua glória seja adiantado; nós cremos que ele virá. Nós aguardamos o Salvador, o Senhor Jesus Cristo (Fp 3.20), vindo sobre as nuvens do céu, com poder e muita glória (Mt 24.30). Nós esperamos que ele apareça para a nossa alegria (Is 66.5); nós amamos a sua vinda (2Tm 4.8); nós estamos esperando e apressando a vinda do Dia de Deus (2Pe 3.12); deixa-nos apercebidos para isso (Mt 24.44), para que possamos então exultar e erguer a nossa cabeça, sabendo que a nossa redenção se aproxima (Lc 21.28). Ó, que nós possamos ter as primícias do Espírito, para que possamos gemer em nosso íntimo, aguardando a adoção de filhos, a redenção do nosso corpo (Rm 8.23); e que possamos ter o desejo de partir e estar com Cristo, o que é incomparavelmente melhor (Fp 1.23).
Essa música, portanto, é um apelo para que o senhorio de Cristo seja evidente não só naquilo que cremos acerca de Suas promessas deixadas na Palavra, mas que possamos enxergar a manifestação do seu Reino, de modo que seja vivido e experimentado através da nossa vida diária.
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