Me atraiu — Gabriela Rocha (Análise da música)
Existe, no meio pentecostal, uma ênfase particular na ação e presença do Espírito Santo que não vemos nos hinos do meio reformado. Não é que os reformados não cantem a respeito do Espírito Santo, mas as referências e citações que fazem falam mais da conversão e da santificação. Certamente, não existe conversão e santificação sem a atuação do Espírito Santo. Mas o pentecostal trata a ação do Espírito de maneira diferente.
Para o pentecostal (e carismáticos em geral) existe uma expectativa de um encontro real com o Espírito Santo no culto, na adoração pública. O pentecostal conta com esse encontro e anseia por uma experiência pessoal com Deus. Isso se manifesta de algumas maneiras, às vezes por meio de dons espirituais ou momentos de comoção.
É claro que esta ênfase pode ser facilmente deturpada e levar pessoas a buscar experiências como um fim em si mesmo, ou até condicionar a ação do Espírito a uma manifestação dessas. A experiência pessoal com Deus e o encontro com o Espírito Santo têm o seu lugar na vida do cristão, mas não podem ser nunca um fim em si mesmo.