Adoração vintage: a glória dos hinos históricos
Amo os hinos antigos. Tenho uma pilha de hinários na minha mesa de cabeceira e uma coleção cada vez maior em minha biblioteca. Minha introdução ao mundo dos hinos começou com Charles Wesley e John Rippon. Espero um dia escrever academicamente sobre a teologia pastoral dos hinos. Até meu cachorro se chama Watts.
Embora eu certamente não acredite que os hinos históricos sejam a única coisa que devemos cantar no culto comunitário, fico preocupado quando a exclusão dos hinos mais antigos silencia as vozes ricas da história da igreja. Algumas igrejas parecem desinteressadas em qualquer música com mais de dois anos, quanto mais duzentos. Sim, a igreja continuará escrevendo e cantando novas músicas (Salmo 96:1), mas também é bom e edificante cantar canções antigas.
O Novo Nem Sempre é Melhor
Ao mencionar hinos históricos, talvez você se lembre de “guerras de adoração” na sua igreja local. Talvez você prefira cantar apenas os hinos antigos ou se pergunte por que isso é importante. Minha intenção não é reacender disputas locais nem incentivar uma mera nostalgia, mas destacar algo mais profundo: encorajar igrejas mais jovens a lembrar de sua história ao se unir aos incontáveis homens e mulheres que compartilharam essas canções ao longo dos séculos.
Vivemos em uma sociedade obcecada pelo que é novo, mas os hinos nos lembram que o novo nem sempre é o melhor. Cantar os hinos históricos de nossa fé lembra nossas congregações de que não somos a primeira geração a lutar, orar, questionar e crer. Não somos os primeiros a compor louvores a Deus. Seguimos alegremente os passos de nossos antepassados, que escreveram louvores a Cristo que resistiram ao teste do tempo.
Se nos alimentarmos apenas de novos cânticos, podemos desenvolver uma idolatria moderna e um esquecimento histórico. Talvez devêssemos adotar um conselho parafraseado de C.S. Lewis: “Cante ao menos um hino antigo para cada três novos.”
"Louvai a Deus, fonte de toda bênção,
Louvai-o, criaturas de todo o mundo,
Louvai-o, exército celestial,
Louvai o Pai, o Filho e o Espírito Santo."
(Thomas Ken, 1674)
Hinos Nos Ensinam
Hinos são sermões portáteis que articulam, explicam e proclamam verdades bíblicas. Eles moldam nossa visão de Deus, do homem, de Cristo e de como devemos viver à luz do evangelho. As verdades que eles comunicam continuam a nos pregar durante a semana, seguindo o padrão de Deuteronômio 6 — em casa, fora de casa, ao deitar e ao levantar. Como disse R.W. Dale: “Deixem-me escrever os hinos da igreja, e pouco me importa quem escreve a teologia.”
Cantar é uma forma de ensino que usa poesia para nos abrir a Palavra de Deus. Quando Isaac Watts publicou Psalms, Hymns, and Spiritual Songs, sua intenção não era cantar as Escrituras linha por linha, mas criar versões poéticas e emocionais que capacitassem a igreja a cantar as verdades da Palavra.
Para o cristão, cantar é tanto formativo quanto responsivo e, portanto, deve ser informado pela Escritura. Aprendemos o que cantamos.
"A Igreja é uma fundação,
Jesus Cristo, seu Senhor.
Ela é Sua nova criação,
Pela água e pela Palavra."
(Samuel Stone, 1886)
Hinos Nos Admoestam
Durante a semana, muitas coisas clamam por nossa atenção, afeto e louvor. Cantar hinos sobre o caráter de Deus nos lembra de Sua grandeza. Hinos sobre nosso pecado nos apontam para a confissão. Ao cantarmos hinos sobre a expiação, recordamos uns aos outros da eficácia da obra de Cristo. Hinos de consagração nos lembram de nossa dependência da graça fiel de Deus.
Cantamos para admoestar os fracos e cansados a encontrarem sua salvação em Deus. Cantamos para encorajar os duvidosos a crerem e serem renovados. Cantamos para confortar os que sofrem, assegurando-lhes que têm uma esperança inabalável.
"Vai-te, incredulidade! Meu Salvador está perto,
E para meu alívio Ele aparecerá.
Pela oração eu lutarei, e Ele agirá;
Com Cristo no barco, sorrio na tempestade."
(John Newton, 1779)
Hinos Inspiram Adoração
Devemos escolher hinos históricos que despertem corações gratos. O objetivo de cantar hinos é envolver tanto a mente quanto o coração. Assim como lemos e meditamos nas Escrituras para ver e adorar a Deus, escolhemos canções que ensinam verdades teológicas robustas e fazem nossos corações explodirem em louvor. Afinal, o objetivo final da teologia é a doxologia.
Ao selecionar hinos para o culto, optamos por aqueles que fazem os corações da congregação cantarem. Desde o conteúdo da letra até o movimento da melodia, buscamos beleza e transcendência para servir ao povo de Deus. Na busca por precisão teológica, não podemos negligenciar a resposta sincera do coração.
O canto congregacional — seja de hinos antigos ou novos — não é apenas um prelúdio para o sermão, nem um preenchimento obrigatório. Cantar é uma prática santa. Fazemos isso porque Deus nos ordena, e nossas canções devem encher nossos corações de gratidão e deleite em Deus.
"A Palavra que sobrevive a tudo, não graças a eles, permanece;
O Espírito e os dons são nossos, por Ele que está ao nosso lado.
Deixemos bens e parentes, esta vida mortal também;
O corpo podem matar: a verdade de Deus permanece,
Seu reino é para sempre."
(Martin Luther, 1529)
O Novo no Antigo
Certamente os hinos registrados nas Escrituras foram destinados ao nosso canto hoje. Neles, encontramos louvores, orações, contrição e confissão que abrangem a profundidade das canções que a igreja canta há gerações.
Independentemente da idade ou experiência da congregação, ao liderar com esses hinos históricos, percebo que um senso de identidade e reverência repousa sobre o povo. Essas canções unem o corpo de Cristo, como têm feito por gerações, ligando jovens e idosos enquanto contemplam e esperam nas mesmas verdades de Deus e Sua graça.
"Ó Deus, nosso auxílio no passado,
Nossa esperança nos anos vindouros,
Nosso abrigo contra a tempestade,
E nossa eterna morada."
(Isaac Watts, 1719)
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